Coisas de gêmeo

É inegável que gêmeos, querendo ou não, experimentam situações singulares que podem variar desde algo engraçado até um caso muito constrangedor e enfadonho.

Cito algumas que me vieram à cabeça agora mesmo:

1. A velha regra de ter que vestir a mesma roupa que o irmão

Sim, isso é muito, muito, muito chato! Não consigo encontrar algo mais brega nesse mundo do que, quando pequenos, mesmo que você não seja gêmeo idêntico, ter que vestir a roupa do mesmo modelo, cor, tamanho, aspecto, tecido, marca, ou seja, a mesma roupa que seu irmão. Mães: NÓS NÃO GOSTAMOS DISSO! Se coloquem um pouco na nossa pele, já é difícil assemelhar-se fisicamente com sua "partida dobrada" e vocês ainda querem potencializar isso trajando-nos de maneira idêntica? É um fetiche isso? Algum sonho de consumo? Vontade que tinham de fazer isso com os Ken's de vocês? Chega até a ser cômico isso, porque mesmo que ambos não se pareçam muito - como é o meu caso -, acaba-se gerando um embaralhamento na mente de quem nos vê, que tem de puxar do fundo da memória o nome de um ou do outro, já que não pode ter como base de referência o estilo de cada um - e acreditem: desde pequenos já imprimimos nosso estilo!

2. Ser chamado pelo nome do irmão

Se eu já fico furioso quando escrevem errado meu nome, imagina só quando, por infelicidade do destino, inventam me chamar pelo nome do meu irmão! Dá vontade de esganar a pessoa, juro! Alguns casos nós temos o dever de considerar, pois pode ser alguém que não tem muito contato conosco ou que já tenha uma idade mais avançada e não lembre muito bem. Mas eu fico incrédulo como só conseguem me chamar de "Nic"! *raiva* Será que é porque ele sempre foi o mais sapeca de nós dois? (Sou e sempre fui um anjinho, rsrs)

3. Ter que responder pelos atos do outro

Não importa quem tenha feito, falado, ou pensado algo, no final, os dois tem que responder por um! Se eu falei que iria em algum lugar para alguém e acabo não indo, ou me atrasando, ou qualquer outra coisa, meu irmão tem que responder aos interrogatórios "O que aconteceu?", "Por que ele não veio?", "Você sabe isso? Sabe aquilo?", e vice-versa. Tudo bem, nós estamos juntos desde o útero da nossa mãe, mas isso não nos compete o superpoder de diálogo telepático e muito menos de saber falar pelo outro.

4. Poder jogar a culpa no outro

Por outro lado, se acontece alguma coisa, você já tem uma resposta pronta na ponta da língua, sempre: "Não fui eu quem fez isso, foi ele!". Um fica jogando a batata-quente pro outro e, por fim, a acusação acaba cessando e nenhum leva a culpa por nada. Ou não, e os dois acabam "levando ferro". Mas quando você leva alguém junto com você, tudo se torna mais suave. rsrs

Esses são apenas alguns exemplos. Outros virão...